Por Gabriel Gonçalves
A “nova era da tecnologia” revolucionou todo o mundo criando oportunidades de agilidade, comunicação em menor tempo, serviços disponíveis a distância entre outros fatores. Mas para dinamizar todos estes recursos, são necessários profissionais para que possam realizar as manutenções em sistemas, além de desenvolvimento de novos softwares.
Apesar de estamos vivendo a era das tecnologias de informação e comunicação, os profissionais dessa área ainda são pouco valorizados. É o que confirma Jamylle Santana, Coordenadora do Curso de Redes e Sistemas da Faculdade Anísio Teixeira.
“Hoje o curso de Direito tem a OAB, os cursos de Engenharias têm os conselhos, e a Tecnologia até hoje não existe conselho na área, desta forma fica um pouco solta. Por isso, os direitos dos profissionais da área de tecnologia não são reconhecidos.”
Para ocupar específicas vagas no mercado de trabalho, é importante que o profissional possa realizar processos de capacitação, obtendo um diferencial no currículo. O propósito da qualificação, é fazer com que este profissional tenha habilidades em determinadas áreas para executar da melhor forma as atribuições.
Ainda segundo a Coordenadora, a evasão no curso de tecnologia é muito grande em qualquer lugar no Brasil. Atualmente a Faculdade Anísio Teixeira forma em média 5 a 6 estudantes por semestre.
“A Brasscom, Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, diz que as instituições de ensino precisariam formar até 2024, 70 mil estudantes por ano, se não terá um apagão técnico no Brasil. Hoje a gente consegue formar no Brasil, apenas 46 mil estudantes e desses, 42,9% encontram-se no estado de São Paulo.”
A estudante do 6º semestre do curso de Sistemas para Internet, Mírian Ribeiro ainda não estagiou na área de tecnologia, mas analisa como um mercado de trabalho promissor.
“Já foi constatado que é um setor que precisa de muitos profissionais, não está sobrando, pelo contrário, está faltando. Profissionais do sexo feminino que ganham menos do que profissionais do sexo masculino, é algo a ser melhorado. A área da tecnologia tem um mercado amplo para as mulheres, basta ter o interesse e a qualificação”, concluiu a estudante.
No mês de agosto, a Nubank realizou a segunda edição do programa “Yes, She Codes”, contratação de engenheiras de software. O programa tem como objetivo construir “times fortes e diversos”, recrutando novos talentos e dando espaço para as mulheres que atuam no campo de engenharia.
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